terça-feira, 15 de abril de 2014

Dois bebês.

Minha última postagem foi há muito tempo... tinha acabado de sentir o Gui mexer na barriga... pela primeira vez... Em 06 de março de 2012 ele nasceu.

Desde aquele dia fatídico, aconteceram muitas coisas, coisas que ficaram para trás, só no pensamento, outras não; são reais.

No dia 30 de agosto de 2013 tive a mesma sensação maravilhosa de sentir um bebezinho mexendo na minha barriga - desta vez era a Ana lú. Não por coincidência, já que depois de quase 5 meses, ela também veio ao mundo - 06 de janeiro de 2014.

Ser mãe de segunda viagem está sendo uma delícia... Muita coisa é diferente, já que desta vez se trata de uma menina; mas muita coisa, acho que a experiência tem me ajudado.

Por exemplo, na primeira, segunda, terceira febre do Gui, quase morri de preocupação, liguei pro médico perguntando o que fazer, (liguei não, fiz meu marido ligar). Já a primeira da Ana Lú, que foi agora na sexta, tratei de uma forma mais racional, dei o medicamento que o médico já havia indicado, fazendo tudo que sabia. (esse ritual inclui paracetamol, banho morno demorado, roupa fresca, e medir a temperatura de hora em hora). Me saí bem, me senti quase uma expert das febres rsrsrsr.

Aguardar uma febre passar é algo muito estressante. A criança fica triste, quieta, e você sem poder fazer muita coisa além do ritual.

Descobri a importância das prioridades: dar o peito para a Lú, ou sair correndo e trocar a frauda do Gui? Se for de cocô, essa ganha, já que a Lú normalmente aguenta um pouquinho, e o Gui insiste em por a mão e sair mostrando sua "obra".

Também descobri como as sonecas da tarde são importantes, principalmente quando eles dormem no mesmo horário.... rsrsr

Descobri como pode ser difícil amamentar e brincar com blocos de montar, ao mesmo tempo.

Como é difícil dizer não para quem sempre disse sim. "Não posso te dar colo, agora a Lú está mamando." Na primeira vez confesso que chorei, tá bom, confesso que ainda choro.

Deixar a Lú e ficar com o Gui no hospital o dia todo, (crise de bronquite), também não foi fácil, o seio vazava, a cabeça preocupada,..., preocupada não só com aquele serzinho que não conseguia respirar direito, mas também com aquele outro que ficou em casa, sei que bem cuidada, no colinho da vovó. "Será que ela está mamando? Será que está chorando?".

É muito difícil, após muita coisa vivida nesses 2 anos e 1 mês de maternidade, que sei, são poucos, aprendi que a culpa é minha sombra, se cuido de um, me sinto fracassada porque não cuidei do outro, se cuido do outro me sinto péssima por causa do um. Ainda estou trabalhando nisso, e escrever pode me ajudar, sei que não vou me livrar, mas quero aprender como conviver com ela.

Por exemplo, ficar com a Lú em casa e deixar o Gui na escola, foi pior que mandar ele pela primeira vez. E afirmo não foi fácil.

Muita coisa se passou nesses mais de dois anos, o Saimom ganhou um novo lar, já que o Gui tem crises de bronquite terríveis. - Não, eu não o abandonei não, eu o levei para morar no meu trabalho, e sabe que ele se deu bem? Aprendeu até a pular o muro!!!

Nunca pensei que ter filhos pudesse ser tão cansativo, mas é.

Achei que fosse bom, mas, me enganei..., é muito melhor!!!!


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

E.... somos quatro!!!!

Nunca imaginei que um dia o meu passatempo preferido fosse comer, deitar de barriga pra cima e esperar por um empurrãozinho.... uma “tremedinha” que fosse..
Domingo, 30/10/2011 aconteceu!!!!
Um não, três -  chutes, ou empurrões ainda não sei distinguir, mas aconteceu!!!
De lá para cá sempre que sinto algo acontecendo na barriga, fico o mais imóvel possível para poder sentir, sentir não, me deleitar...
Não sou o estereótipo perfeito da grávida na aparência, as senhoras minhas amigas da hidro sempre me animam ao falarem que minha barriga está “apontando” e que logo todos verão meu barrigão. (Nunca imaginei que fosse desejar um barrigão... rsrsr)
A verdade é que nem se percebe que estou indo para o quinto mês de gestação, mas ultimamente, venho me sentindo muito mãe.
Aquele medo de esquecer a criança no carro ou de não saber alimentá-lo passou, acordo até com o miadinho do Saimon...
Mal posso esperar para ter meu bebezinho no colo, poder sentir seu cheirinho, sentir seu calor, poder afagá-lo sem ter pele (da barriga) entre nós, e finalmente sermos nós quatro!!!

Isso ainda funciona???

 1,2,3 testando !!!!!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Anabel

A vida nos levou para o interior de São Paulo, mais precisamente em Araraquara, onde morei por um ano e meio. Quando nos mudamos, achei que seria chato, que seria estranho, mas não, em pouco tempo conheci pessoas maravilhosas, entre elas a Anabel.


A Anabel foi quem no primeiro dia de aula, (aula do colegial), foi falar comigo, acho que percebeu o quanto eu estava perdida. Desde então nos tornamos grandes amigas, conversando muito, rindo muito.... Ela sempre muito inteligente, sempre com um sorrindo...

Depois me mudei, voltei para São Bernardo, terminei o 2o e o 3o colegial, fiz cursinho, onde conheci meu amorzão... fiz faculdade, me casei... conheci pessoas, amigas que eu achei que seria para sempre... mas não foram.

Durante esses quase 15 anos, tive muito pouco contato com a Anabel, havia uns 10 anos que não sabia nem notícias dela.

Há uns 20 dias, achei um artigo escrito por uma Anabel de Araraquara... Não me contive, mandei um email abusado perguntando se era a mesma pessoa... e... ERA!!!

Ela me respondeu, como fiquei feliz em saber que está bem, apesar de algumas perdas, está bem, tem um bebê, Gabriel, está casada... enfim está deixando a vida seguir...

Engraçado... parece que nem faz tanto tempo assim que agente não se falava...
 
Que bom que eu consegui encontrá-la.
 
 
 

domingo, 2 de maio de 2010

Espero sugestões.

Revirando minhas coisas para estudar, percebi quanta coisa consegui juntar em anos. Interessante é que eu lendo a matéria, que há tempos eu anotei, encontrei vários fragmentos de idéias, sentimentos.

Aparentemente entre as aulas, não sei se antes ou depois, eu já sentia a necessidade urgente de imortalizar uma emoção.

Outro dia, após um desafio dado pelo professor que consiste em solidificar sentimentos, tristes ou alegres, não importando o tema, confesso, que vindo para casa, eu não conseguia parar de pensar nisso.

Aulas antes o professor tinha dado o conceito de domicílio segundo o direito civil, e esse conceito, não sei porque cargas d’águas, estava me corroendo.

Já deitada não me contive, me levantei, peguei um bloco e esbocei um primeiro texto.

Decidi escrever sobre isso, pelo menos é uma forma de gravar o conceito, ainda não tem título, se alguém quiser me ajudar...




Quando ela era mais jovem, um pouco por rebeldia, queria independência,
queria liberdade, querendo posição, por vaidade resolveu de casa sair.

Que sonhos grandes alcançou;
que bela casa adquiriu.

Fruto de muito trabalho, privações;
é bom que se diga, o preço foi alto.

Amigos, colegas muitos, festas diversas;
solidão infinita.

E estranhou quando se pegou dizendo:

- Que saudade daquela senhora,
senhora que há trinta anos, na foto se parecia.

Até dos pequenos, que tanto trabalho lhe deu
falta sentia.

Não podia voltar, tinha compromissos, tinha deveres, obrigações;

Na verdade, tinha medo:

Medo da verdade que certamente ouviria:

- O lar tem base; casa, piso.
- O lar tem proteção; a casa, parede.
- Lar se constrói com amor; casa, com alvenaria.

Rezou á noite, pedindo perdão á Deus,
por sua ambição, seus devaneios, não deu á família seu valor.

Em visita postergada por várias vezes,
finalmente pediu e assim recebeu o perdão
daquela que no retrato de mais de trinta anos
com ela parecia.

A senhora ainda acreditava,
a queria por perto, e por isso, a esperava.

Ainda a esperava com uma caneca de café com leite quente:
A senhora já a perdoara a muito tempo.

Não era possível, não conseguia, não podia entender,
não era possível cometer tão grave erro e simplesmente receber.

Pois a casa que cegou seus olhos, com o eco a recebia;
e o lar que abandonou, desprezou; por muito tempo ainda punha uma caneca a mais na mesa.

Finalmente entendeu porque tinha deixado de ser feliz.

Arrependida, Deus permitiu que fizesse parte de um lar novamente,
começou a sentir o cheiro de bolo de fubá,
de café que acabou de passar.

Que pena sentiu daqueles que não podem sentir saudade do gosto doce do café passado com amor de mãe.

E através desse amor, o perdão a libertou.

Aquela caneca de café com leite, continua a esperando todas as manhãs,
toma seu café e sai, mas antes, escuta o som das vozes,
brinca com os latidos, e dá Graças por ter um lar para voltar a noite.